[FP] Mistye D. Petrowky

Informações
Nome Completo: Mistye Dangereux Petrowky
Idade: 18 anos
Residência: Acampamento, ocasionalmente vou para o mundo mortal, mas nunca passo mais do que uma semana fora. É inconveniente ter de esconder minhas asas.
Voo: Não gosto de levantar voo perto de outras pessoas. Sinto-me desconfortável, mesmo que estas saibam que sou um anjo. Voo apenas quando estou sozinha, ou quando é realmente necessário.

História
Como caiu: Era um verão, e essa era a melhor época para observar o mundo mortal. Sentei-me em uma nuvem, enquanto alguns outros anjos passavam por mim. Eu era, de todos, a única que não se conformava com essa prisão eterna que era o céu. Perfeição, bondade, amor e um grande vazio. Nenhum conflito, nenhuma briga de família, nenhum amor proibido. Nada daquelas coisas que te fazem ter vontade de viver, que te fazem passar noites sem sono, que te fazem ficar ansiosa, que te fazem chorar ou rir. Uma vida monótoma da qual eu estava a muito tempo querendo me livrar.
Eu não tinha irmãos, e meu pai havia caído. Minha mãe sempre esteve inconsolável por ter perdido o grande amor, mas não tinha valentia suficiente para ir atrás dele. Ela era covarde, e eu não queria me espelhar nela por um segundo sequer. O céu não chegava nem perto de ser algo conveniente a mim. Eu era um anjo imperfeito, e não viveria fingindo estar feliz e satisfeita com essa realidade tão deslocada. Eu tinha apenas quinze anos, e tudo o que eu desejava era viver com os mortais. Tão imperfeitos e felizes - à suas formas -, com tantos defeitos imperdoáveis, mas com tanta coragem de lutar pelo amor... coisa que não se via no céu.
Mas não tinha motivo algum que me fizesse pular de lá, ter a certeza de que deveria estar na terra, sendo imperfeita à minha maneira. Foi quando eu os avistei. Eram um casal de namorados, eles estavam aproveitando o calor em uma praia vazia. Ele a abraçava e acariciava seus cabelos loiros, carregando-a e rodando seu corpo dentro do mar. Eu queria um amor assim. Eu queria viver um amor de verdade, e ninguém no céu compreenderia meu amor pelos mortais. Pulei.
Personalidade: Não chego nem perto de ser ingênua. Ao pular do céu, eu vivi muito tempo vendo que as imperfeições mundanas não eram apenas as que causavam brigas tolas de família. Não, não me arrependeria daquela decisão, mas sabia muito bem que os humanos eram muito mais fortes que os anjos, em certos aspectos. O céu era a tranquilidade soturna que eu temia, mas no mundo se lavava amor com sangue.
Sempre fui solitária, mas não gostava disso. Mesmo assim, não deixava minhas qualidades passarem por cima da barreira pertinente de orgulho que me servia de escudo.
História: A queda foi... longa. Após o baque surdo que sucedeu minha chegada ao mundo mortal, sabia que não teria uma volta. Estava fadada a viver entre mortais e isso me enchia de esperança. Eu amava os mundanos e era aqui que eu chamaria de lar. Fechei meus olhos por alguns segundos. Temia que caso eu os abrisse de novo, tudo sumisse. Nada sumiu. Apenas um casal, já conhecido, aproximava-se de mim. A garota estava com a boca aberta e os olhos arregalados. O menino estava igualmente perplexo. Seus passos ficavam marcados na areia, e via-se que ambos cambaleavam com minha visão.
A áurea que eu emitia era de uma forte luz branca e minhas asas estavam abertas. A queda teria sido bem pior se eu não as houvesse aberto. Olhei para eles, um pouco arrependida de ter escolhido cair logo ali, perto de mortais que não tinham nada a ver com a minha insatisfação. Bem, eles não passaram muito tempo me encarando. Me levantei e tirei a areia de meu vestido branco e me dirigi para perto deles, sorrindo. "Olá. Meu nome é Mistye. Não sei se vocês sabem, mas aqui vai ser o cenário de gravações de um novo filme, e eu vou interpretar um anjo. Que tal?", dei a desculpa mais furada que poderia imaginar. Mas para os humanos, era melhor acreditar nisso do que deixarem de serem céticos, então eles engoliram a história.
Passei longos três anos de minha vida entre os mortais, agindo como cupido para algumas amigas a quem pude confiar meus segredos. Foi quando finalmente soube sobre o Acampamento e me decidi finalmente que deveria ir viver nele. Me esconder se tornava mais difícil, a cada dia mais e mais difícil...
Como é ser anjo: De vez em quando, eu penso que ser anjo é uma droga. Me esconder é uma responsabilidade grande demais, e eu realmente gostaria de viver entre os humanos normais, gostaria de ser uma deles e viver o resto da vida com alguém que pudesse me amar sem ter de guardar segredos ou fazer parte deles. Mas, por outro, a sensação de poder é ótima. A sensação inconveniente de saber a verdade e ver as áureas, de sentir o vento batendo em meu rosto enquanto levanto voo. Ser um anjo é inacreditavelmente doce, mas ao mesmo tempo é um sabor amargo do qual tenho que provar para continuar vivendo.

Photo Player: Jennifer Lawrence