[FP] Tyler Young

História

É bem possível que você conheça, ou mesmo seja, alguém que a vida não é nada de especial. Nada de espetacular acontece. Nenhuma habilidade estudantil, nenhuma habilidade esportiva, nenhum grande drama ou amor arrebatador surge para essa pessoa. Não é exageradamente bonita ou assustadoramente feia. Tenta fazer algumas coisas fora do normal, mas acaba sendo apenas mais um a fazê-lo. Alguém que parece ser destinado a uma vida tranquila, sem grandes viradas, este era Tyler.
Tyler morava com a mãe e não tinha notícias do pai, havia tentado, por anos, conseguir informações com a mãe e outros parentes, mas todos se recusavam a dizer-lhe qualquer coisa além de "ele foi embora pouco antes de você nascer". Insistiu por mais algum tempo e, vendo que aquilo não daria em nada e estava vivendo bem até então, acabou por desistir de tal empreitada. Até os quinze anos, Tyler tinha tido apenas duas namoradas, ambas haviam terminado com ele, não que ele se importasse. Tinha dois amigos e mais alguns conhecidos, mas não se misturavam muito, a maioria preferia ficar longe do grupo dos "esquisitos". Fazer tatuagens aos quinze realmente não era uma coisa muito normal.
No dia do seu aniversário de 16 anos, um evento inesperado fez sua vida normal mudar. Agora ele era um vampiro, havia abandonado a família e amigos. Viveu um ano viajando, alimentando-se de animais e às vezes de pessoas até encontrar com um bruxo que lhe falou sobre um acampamento para pessoas como ele.

Marcas e como recebeu a Marca

No dia do seu aniversário de dezesseis anos, o plano era um café da manhã com a mãe e sair com os amigos à noite. O café havia passado, waffles com morangos, seus favoritos. Durante as aulas, nada de anormal, mantendo-se fora do radar. O sinal toca e Tyler se apressa para sair, uma figura alta e com uma jaqueta preta e óculos escuros, encostado em uma moto, agita-se assim que Tyler é avistado. O homem começa a andar na direção dele, Tyler se apressa, mas o estranho diz:
-Tyler? Filho?
Tyler congela. Não podia ser verdade. Aquele homem estava confundindo ele com alguém.
- Espera mais um pouco aí que seu filho aparece...
O estranho sorri, deixando os caninos protuberantes aparecendo.
-Não... finalmente eu te achei. E agora vou te dar seu presente.
Dito isso, o homem agarrou-o pelo braço, tirou algo pequeno e brilhante do bolso da jaqueta, virou o pulso de Tyler e começou a cortá-lo. Tyler tentava se desvencilhar mas o homem era forte demais. O homem pegou o outro pulso e fez o mesmo.
- Você vai me agradecer por isso um dia. Feliz aniversário, filho.
Dito isto ele soltou-o e foi embora. Lágrimas rolavam pelas bochechas do garoto, as marcas começavam a arder.
Tyler baixou os olhos, limpando o sangue e observando as marcas pela primeira vez. Parecia-se com um oito, não, era o símbolo do infinito, em ambos os pulsos. De todas as coisas bizarras, aquela ganhava de lavada. Um lunático havia dito ser seu pai e feito marcas do infinito em seus pulsos. Ele levantou-se, limpou o rosto e foi para casa. Deitou-se na cama, ainda sentindo o desconforto nos pulsos. "Aquela faca devia estar suja. Espero não ter pego uma infecção ou algo do tipo" ele pensava enquanto caia no sono.
Tyler havia acordado, agora as marcas realmente queimavam, a dor tornara-se quase insuportável. Ele levanta-se e vai até o banheiro, lava os pulsos e joga um pouco de água no rosto. Ao se aproximar do espelho, vê pequenas manchas vermelhar em seus olhos, elas estão se espalhando rapidamente. As marcas ainda queimavam. Sua garganta estava seca, mas não se parecia com uma sede normal.
Tyler voltou ao seu quarto, olhou pela janela e lá estva o homem. Tyler correu para fora e foi até o homem.
-Quem é você? O que diabos fez comigo?
Tyler gritava e o homem apenas ria.
-Já te disse, eu sou seu pai. - O homem tira os óculos escuros, seus olhos são vermelhos muito vivos - E eu, ou melhor, nós, somos vampiros.
Aquilos era absurdo, mas Tyler sentia que era verdade. Não teve escolha, se quisesse aprender mais sobre o que era agora ele precisava ir embora dali. Mas não com seu pai. Ele o odiava, havia pouco tempo que se conheciam, mas ele já o odiava com todas as suas forças. Sua vida não era nada de especial, mas também não era ruim, agora ela estava virando de cabeça para baixo por causa dele. Tyler foi embora naquela noite sem se despedir de ninguém. Uma nova vida começava agora.

Personalidade

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