Floresta

Não demorou muito e ela apareceu. Realmente, essa garota merece a fama que tem. Assim que ela chegou, notei que ela possuía uma forte presença, olhar determinado e uma forma de andar / se vestir única, pra não falar da personalidade... Ok vamos falar de negócios.

Gato, vai ter uma reunião da Irmandade... - Ela foi direto ao assunto, me explicou algumas coisas sobre a reunião, a qual eu nem tinha ideia de que viria a acontecer, mas em todo caso, prestei atenção.Agora, a gente vai convocar um demônio maior e imobilizá-lo e deixar que Ela cuide do resto.

Eu já havia comparecido a diversas reuniões da Irmandade, até aí tudo bem, mas com absoluta certeza, eu nunca havia invocado um demônio maior. Caroline parecia estar totalmente tranquila quanto a situação, como se sei lá, ela invocasse e ainda imobilizasse demônios maiores todo dia.

Ela me olhava de uma forma estranha, parecia querer ler meu próximo movimento. Provavelmente estava se perguntando se eu estava assustado ou apenas avaliando as possibilidades. Na verdade ela deve ter vindo pronta pra me matar caso eu me recusasse a ajudar...

Bom, se são ordens da Ela... Quem sou eu pra discordar, não é mesmo? - Dei um sorriso bobo, tentando fazê-la esquecer do fato de que há apenas alguns minutos atrás eu estava avaliando o quão perigoso seria invocar o tal demônio. - E além do mais, vai ser divertido.

Caroline me olhou curiosa, talvez não fosse essa a reação que ela esperava.

Mas então, quando começamos? É que essa é meio que a primeira vez que eu invoco um demônio maior, no meio da floresta, ao lado de, não me leve a mal, uma loiraça como você, então ainda estou um pouco perdido.

Não demorou muito e ela apareceu. Realmente, essa garota merece a fama que tem. Assim que ela chegou, notei que ela possuía uma forte presença, olhar determinado e uma forma de andar / se vestir única, pra não falar da personalidade... Ok vamos falar de negócios.

Gato, vai ter uma reunião da Irmandade... - Ela foi direto ao assunto, me explicou algumas coisas sobre a reunião, a qual eu nem tinha ideia de que viria a acontecer, mas em todo caso, prestei atenção. -Agora, a gente vai convocar um demônio maior e imobilizá-lo e deixar que Ela cuide do resto.

Eu já havia comparecido a diversas reuniões da Irmandade, até aí tudo bem, mas com absoluta certeza, eu nunca havia invocado um demônio maior. Caroline parecia estar totalmente tranquila quanto a situação, como se sei lá, ela invocasse e ainda imobilizasse demônios maiores todo dia.

Ela me olhava de uma forma estranha, parecia querer ler meu próximo movimento. Provavelmente estava se perguntando se eu estava assustado ou apenas avaliando as possibilidades. Na verdade ela deve ter vindo pronta pra me matar caso eu me recusasse a ajudar...

Bom, se são ordens da Ela... Quem sou eu pra discordar, não é mesmo? - Dei um sorriso bobo, tentando fazê-la esquecer do fato de que há apenas alguns minutos atrás eu estava avaliando o quão perigoso seria invocar o tal demônio. - E além do mais, vai ser divertido.

Caroline me olhou curiosa, talvez não fosse essa a reação que ela esperava.

Mas então, quando começamos? É que essa é meio que a primeira vez que eu invoco um demônio maior, no meio da floresta, ao lado de, não me leve a mal, uma loiraça como você, então ainda estou um pouco perdido.

Ela estava claramente surpresa com a minha reação. Não sei o que ela esperava de alguém que está acostumado a mentir sobre praticamente tudo o tempo todo. Eu não acreditaria em nenhuma palavra minha, pra falar a verdade. Olhei para a mesma, esperando uma ordem ou qualquer coisa que não fosse um olhar cínico.

- Sorte sua que eu vou estar com você para invocar. Agora, para trás.

Recuei um pouco, dando espaço para que ela desenhasse as proteções, ou seja, o que impediria o demônio de nos matar assim que percebesse o plano. Já havia visto símbolos de proteção contra demônios, mas estes eram diferentes, mais complexos.

- Pegue sua arma. Você tem uma arma, certo?

Eu não disse nada, apenas abri minha jaqueta, deixando à mostra uma adaga de prata envelhecida, com detalhes bem trabalhados e alguns símbolos antigos, ela era um tanto longa para uma adaga e aparentava ser bem pesada, ainda que fosse leve e de fácil manejo. Olhei para ela com uma expressão triunfante, como se novamente eu a tivesse surpreendido.

- Quando eu invocá-lo, teremos que imobilizar ele e depois fazê-lo apagar, então arrastamos ele até a fronteira do acampamento, onde Ela irá fazer qualquer coisa com ele. Aposto que ele traiu ela. Lealdade.

Acenei com a cabeça e tirei a adaga da jaqueta, assumindo posição de ataque, que basicamente seria a adaga na posição horizontal, com o meu braço livre na frente, o que supostamente me daria uma vantagem tática contra o demônio, caso algo desse errado ele prestaria atenção na mão vazia e por tempo suficiente para eu apunhalá-lo ele nem notaria a outra mão.

- Pegaremos ele de surpresa, você fica por trás e eu na frente. Ele me conhece, é claro, quem não me conhece?, e vai pensar que é só mais uma simples invocação. Então você bate nele, e depois eu ataco. Não podemos matá-lo, e nem iríamos conseguir, mesmo comigo tentando. Então você arrasta ele até o limite do acampamento.

Achei aquilo tudo um tanto estranho, ainda que jamais fosse dizer isso à ela, essa garota me dá arrepios. Era um pouco surreal demais que nós estivéssemos invocando um demônio maior, no meio da floresta, apenas nós dois. Seria melhor pelo menos trazer mais uma pessoa, como o namorado dela quem sabe. Algo me deixava inquieto quanto a isso, quer dizer, com a opção de mandar dois membros experientes e conhecidos da Irmandade, porque me mandar até ali? Tudo bem que eu sou um espião e estou acostumado a me reportar diretamente a Ela, mas não é como se eu fosse mais importante ou relevante por causa disso, Ela provavelmente me descartaria tão facilmente quanto o faria com um inseto.

- Isso é uma ordem, e não um pedido, então trate de fazer exatamente o que eu disse, se não você não irá gostar do resultado.

- Entendido - Decidi parar com o silencio, ela não parecia estar gostando nada disso. - Faça o que tem que fazer, estou pronto. - Me apoiei firmemente na minha perna esquerda, recuando meu corpo para preparar uma investida, eu pelo jeito teria apenas uma chance de surpreender o tal demônio e se falhasse, as coisas ficariam realmente sérias para nós.

Ela terminou a invocação e em meio à fumaça, uma figura sombria emergiu. Esperei até o momento em que a mesma tomasse forma e então, quando julguei ser o momento certo - quando a figura parecia estar reconhecendo Caroline- ataquei com o cabo da minha adaga na cabeça dele, esperando que o mesmo ficasse atordoado. Me afastei, preparando um segundo golpe caso necessário. Cogitei jogar o peso do meu corpo contra o mesmo, mas não sabia o que esperar de um demônio maior e preferi esperar para ver se meu primeiro golpe fora efetivo.

Parece que nosso plano havia dado certo. Caroline invocou o demônio, ele a reconheceu, como me foi dito que ele faria, então o atingi com um golpe na cabeça, chamando sua atenção. Ele se virou, furioso, esquecendo por um momento da presença de Caroline. Seu maior erro. Enquanto ele prestava atenção em mim, um alvo desconhecido e aparentemente desprotegido, Caroline o acertou com uma sequencia de golpes rápidos, que envolviam uma faca, uma adaga e, wow seu chicote, depois pulando para adquirir uma distancia maior do inimigo. No final das contas acho que ela não gosta de ser ignorada e agora o demônio, mesmo sem ter culpa, iria pagar por isso.

Ela o amarrou com o chicote, deixando-o completamente imóvel e logo em seguida gritou.

- Perfure o outro lado do pescoço dele... Agora!

Obedeci imediatamente. Girei a lâmina que estava na minha mão e avancei rapidamente até o suposto demônio maior e com um único golpe perfurei o outro lado do pescoço dele, me afastando logo em seguida. O demônio emitia sons estranhos e parecia furioso. Fiquei olhando para ele, curioso e depois voltei meu olhar para Caroline.

- Que ótimo, não precisamos nem de um plano B. - Brinquei, vendo que já havíamos praticamente terminado nosso serviço, só faltava carregá-lo pela floresta, até a fronteira do acampamento. Eu estava curioso quanto ao que Ela faria com o mesmo.

Ao ver que o demônio estava claramente desacordado e incapacitado, pelo menos por hora, eu o amarrei com algumas tiras de pano, que Caroline guardava consigo. Não que as tiras fossem impedir que ele nos matasse caso acordasse, mas pelo menos eu me sentiria melhor vendo as mãos e os pés dele amarrados.

- Leve até a fronteira. Não se preocupe, vou junto. Quase sinto pena dele. Não, na verdade, não sinto não. Ou ele morre ou ele é torturado. Não me importo com nenhuma das opções. - Caroline deu as instruções e se afastou um pouco, para que eu pudesse erguer nosso "prisioneiro".

Agora vem a parte do trabalho duro. Suspirei e então levantei o corpo do até então adormecido Demônio Maior, apoiando o mesmo em meu obro direito, segurando-o pelas pernas. Tomei fôlego e comecei a carregá-lo, lentamente.

Ele era incrivelmente pesado. É por esse tipo de coisa que eu sou um espião e não um guerreiro / capanga da Ela. Ser um espião é tudo sobre ganhar confiança e conhecer pessoas, aparência, lábia e joguinhos psicológicos, o que eu adoro, a propósito. Já o trabalho pesado, matar pessoas - não que espiões não matem ninguém, pelo contrário. -, se livrar dos corpos, carregar coisas, lutar, fica para o resto dos membros da Irmandade, o que eu acho muito bom, na verdade.

- Não dá pra ir mais rápido? Não quero morrer aqui. - A loura parecia impaciente, ela olhava ao redor, como se estivesse esperando que algo pudesse interferir nos nossos planos enquanto se movia rapidamente, porém, de forma elegante e ao mesmo tempo, sexy.

- Em uma situação normal eu faria algum comentário engraçadinho, mas não cabe ao momento. Essa coisa pesa, apesar de não ser tão grande quanto eu esperava. E além do mais, se formos rápido demais, podemos ser descuidados e deixar pistas, notei que você está encobrindo os rastros, ainda que não ache que alguém seria estúpido o suficiente para nos seguir. - Decidi parar de bancar o adolescente bobo e agir de acordo com o meu verdadeiro eu, coisa que faço raramente, devido ao meu trabalho como espião da Irmandade. - Você parece mais nervosa agora que nós capturamos ele... Enquanto estava tão calma pouco antes da invocação, o que está te preocupando?

Continuamos andando pela Floresta. Ela demorou a responder, parecia completamente imersa no dever que tinha: transportar o tal Demônio maior até o local combinado.

Don't Panic... Panic!

Tagged: Todos Wearing: This! Thank you Lari @ CG

Não se sabe de onde Ela surgiu. Em um momento, todos estavam ocupados com suas lutas, e em outro, todos paravam de lutar de repente, membros da Irmandade ou não, e olhavam para Ela. A Noiva das Sombras. Por aqueles que passava, deixava-os atônitos. Anjos deciam do céu, manipuladores perdiam o controle dos seus elementos e vampiros viam-se, por um momento, sem forças. Se a escuridão pudesse ser sentida, seria Ela.
Andava devagar, saboreando cada passo, cada expressão de puro medo. Alguém sussurrou o seu antigo nome. Aquele cujo o qual Ela não gostava de se lembrar. Um aceno de mão. A Magia Negra em seu estado primitivo emanou d'Ela e as sombras engoliram o pobre infeliz. Uma morte rápida, indolor.
Continuou andando, o centro de todas as atenções. Com um outro gesto simples, trouxe Caroline e Dallas para o seu lado. Não por uma demontração de insegurança, mas sim peças em seu grande jogo para servirem de testemunhas. Ela não se importou com a perna quebrada de sua mais fiel seguidora, porque isso não era um problema d'Ela. Dallas estava aparando-a, seu segundo melhor seguidor, e eles juntos eram a "nobreza" da Irmandade Negra. As poucas peças que importavam.
A Noiva das Sombras passou os olhos por todos os guardiões aprendizes, um olhar de cima. Em tempos remotos, Ela havia sido uma deles. Não mais. Parou na frente do Diretor Ivashkov e quando falou, o frio de suas palavras pode ser sentido:
A guerra está perdida, Ivashkov. Me entregue o Acampamento e, talvez, alguns de seus alunos se salvem.
Um silêncio absoluto pairou sobre o lugar. O Diretor nada disse, mas sua expressão revelava que ele não entregaria nada à ela.
Bom, vocês não me deixam escolha... Onde está aquele vampiro...? Ah, sim. James Blackwell. Bom revê-lo.
Ela foi se aproximando de James, que mantinha a expressão impassível. A cerca de um metro de distância dele, ela levantou as mãos e as sombras engoliram- o. Enrolaram-se em seus pulsos, tornozelos e no pescoço, puxando-o para baixo, como se fosse atravessar o chão. E talvez fosse mesmo.
Mais algum voluntário?
Perguntou Ela, olhando para o Diretor. O dia apenas começava e a Noiva das Sombras poderia torturar todos, até a noite seguinte, se preciso fosse.
Escolheu, parecendo aleatóriamente, mas, na verdade, tudo com Ela era planejado minuciosamente, mais algumas vítimas.
Allison Darkbloom, Daniel Redwyne e Lyanna Steigleder recebem o mesmo tipo de punição: pulsos, tornozelos e pescoço. E todos sentem a dor.
A Noiva das Sombras olha para o Diretor, meio espantado com tanto poder.
Quer mais um incentivo? Tragam minha convidada!
Ela grita a ordem para ninguém em especial e, em minutos, dois anjos caídos vem voando pelo céu, com uma garota nos braços. Lissa Grigori está em um estado deplorável, com poucas roupas, em péssima conservação, o seu rosto é de alguém cuja vida está lhe sendo tirada, esvai na frente de seus olhos, e ela já não tem mais forças nem vontade de se manter em pé.
Os anjos a depositam aos pés d'Ela e Grigori se mantém imóvel.
Ela estava com saudades de vocês, só trouxe para verem-na um pouco. Isso é o que acontece com quem não me obedece. Agora, o Acampamento.
Sua paciência começava a se esgotar.