Floresta

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Post: #020
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irmandade negra

Mais uma reunião da Irmandade Negra. Graças a Lilith! Adoro reuniões. Elas sempre acabam em algo perfeito, como assassinato, sequestro, tortura ou algo tão bom do tipo. Eu, como o braço direito de Lilith, ia "comandar" a reunião, com meu gato demônio Dallas. 
Era a primeira, o que não é de se esperar. São tudo um bando de irresponsáveis. Deveria matar todos, mas Lilith acha que eles são úteis. Uma pena. 
Cheguei na cabana e sentei em cima da mesa, o que me permitia ver quem estava chegando pela janela. Afiava uma faca que não precisava ser afiada; meu chicote elétrico(o favorito) estava enrolado na minha perna direita. Usava uma saia vermelha curta e um top azul curto. No pé, um salto azul e na orelha brincos vermelhos e grandes. Adoro a combinação vermelho e azul.
Dallas chega e o beijo. Intenso e fervente é como eu descreveria o beijo, mas não tem importância, porque outra pessoa entrou, mas continuei beijando Dallas, cuja mão estava firme na minha bunda. Minha mão sentia o cabelo dele fortemente. Chegou mais pessoas e eu parei sorrindo. Virei-me para os que entravam e os esperei entrar impacientemente.
Era o dia de sorte deles: estou com muito bom humor.

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Post: #020
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irmandade negra

Finalmente chega mais gente. Não era todo mundo que foi requisitado, mas o resto que se dane. Não vou esperar mais. Jason estava encostado na parede e Adam parecia de muito bom humor. Estranho.
Sejam mais rápidos da próxima vez. Não gosto de esperar.
Me afastei um pouco de Dallas, mas nossos corpos ainda se encostavam. Era quente e bom, então permaneci assim e fui direto ao ponto, porque já estava cansada de esperar e não poder matar. 
Ela quer o caos. Tudo está calmo demais. Por isso agora vai acontecer um super sequestro. Cada um escolhe alguém de importância, sequestra, e trás para cá até tudo estar pronto na Sede da Irmandade Negra. Tá em reforma, tá um caos, e está horrível. Eu vou sequestrar Christian Markwell, o Comandante. Quem vai sequestrar quem agora?
Olhei impaciente para cada um.

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Post: #023  
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irmandade negra

Abro a porta da cabana da floresta trazendo o corpo de Markwell comigo. Ele não está morto. Infelizmente. Não gosto muito dele. Futuro chefe e tal.
Parece que eu ganhei a aposta. Claro que ganhei. Não havia dúvidas disso. Eu sempre ganho.
Jogo o corpo no chão e olho para ele. Hum.  Jason e Adam ainda estão aqui e sem corpos. Acho que ainda não decidiram quem sequestrar.

I'm A Slave 4U!

And I need to do what I feel like doing!

Eu deveria ter imaginado que ele não ia ser convencido tão facilmente. Ele diz que vai me tirar do quarto, desde que eu mantenha a boca fechada. Simples. Na minha pressa de sair dali, aceito sem pensar. Um erro, mas o quanto pior poderia ficar? Do lado de fora, quando vejo que Dallas apagou os caras-armários, percebo que poderia ter dito que não ia com ele e fugido depois. Ninguém ia oerceber. Que ótimo.
Ele me trás para Miami. Entramos em uma floresta e, depois de caminharmos um bom tempo, cada vez mais para dentro, me sinto completamente perdida. E cansada. Exausta, na verdade. Talvez eu devesse ter trazido alguma balinha de cereja. Procuro na minha bolsa e não acho nenhuma. Quando volto a olhar para cima, vejo que chegamos à uma clareira, com uma casinha no meio. Estranho.
Entramos na casa e ele me manda sentar. Começo a examinar o local. Vejo alguns campistas, além de Dallas: Caroline, Jason e Adam. A vantagem de se conhecer todo mundo. Só então volto meu olhar par o caro desmaiado ao meu lado. O comandante. Não acredito. É só quando Katherine Killer chega toda acorrentada que eu percebo o que está acontecendo. Parece um tipo de sequestro e sou a que está em melhor situação. Dallas sabe que não vou tentar fugir, na verdade estou muito fraca para isso. Desconfio que caminhamos mais, bem mais, do que o necessário pela floresta para chegar aqui.
Nosso sequestradores estão extremamente ocupados conversando e não prestam atenção em nós. Viro o corpo do comandante para cima e tento, da melhor forma possível, porque ele é pesado, deixá-lo sentado. Ignoro ao máximo o sangue que escorre dos braços e das pernas dele e que acaba ficando em minhas mãos... Tão quentinho... Tão apetitoso... Tão gostoso. Não, era letal. O comandante era um filho das sombras e eu morreria em segundos se bebesse o sangue dele. Afasto os pensamentos da cabeça e começo a sacudi-lo pelos ombros, para que acordasse de uma vez. Tudo em silêncio, claro, mas Dallas e os outros não estavam olhando para nós. E o comandante estava perdendo muito... sangue. Tinha que acordar rápido. Era a nossa única chance real de sair daqui.
Viro para Katherine, ela está acorrentada, coloco o dedo nos lábios para pedir silêncio, esquecendo do sangue nas mãos. Assim que percebo, limpo a boca rapidamente e limpo também as mãos na saia. Tento tirar os correntes dela, mas estão muito apertadas, minhas mãos estão suadas e não vou conseguir tirá-las sem fazer barulho. Que droga! Deveria estar doendo muito para Katherine, e o comandante tinha que acordar agora. Sacude ele mais um vez e, sem resultado, tento meu celular. Poderia até mandar uma mensagem, se tivesse sinal no meio do mato! Lembro da mania do comandante de sempre andar com uma faca ou algo assim. Procuro no bolso da camisa ensopada de sangue dele: nada. Valeu, Sr. Perfeição. Mesmo assim eu tenho que fazer alguma coisa. Decido por algo idiota, mas parece ser a única opção. Levanto, respiro fundo e atraio a atenção deles, ao redor da mesa:
O que voês vão fazer com a gente? Porque se querem os dois ali vivos, para se aproveitarem deles ou sei lá mais o que, é melhor serem rápidos.

SEQUESTRO- @

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Eles nos torturaram sem piedade. Não gritei em nenhum momento e isso pareceu aborrecer os torturadores, mas talvez fosse só minha impressão. Depois que enjoaram de nós, foram embora, lá pelas 4 da manhã, simplesmente nos deixando ali. Não estava gostando de ter os pulsos amarrados, a corda estava apertada e, quanto mais eu mexesse e tentasse me soltar, mais vermelho eles ficavam, até que começaram a sangrar um pouco. Nada importante se comparado com outras partes do meu corpo em que eu via escorrer sangue. Pois é, tortura não era uma grande maravilha...
Vi que o comandante acordou no meio da confusão toda e percebi que ele também não gritou. Depois que eles saíram peguei no sono, exausta com tudo aquilo. Mas não dormi bem no chão duro, Katherine ficou com o sofá, e os pesadelos pareceram inevitáveis. Então desisti do sono e acordei, sentando de imediato. Uma chuva forte caia do lado de fora e algumas goteiras pingavam no chão da cabana. Recomecei as tentativas de tirar aquela corda do pulso, sem resultado algum. Encostei a cabeça na parede e só fiquei ali. Já havia tentado conseguir área no celular ontem, andando de um lado pro outro, assim que foram embora, mas parece que estávamos mesmo no fim do mundo.
As horas passaram e o comandante acordou. Katherine ainda dormia à sono solto, talvez porque estava no sofá, bem confortável. Ele perguntou se eu estava melhor. Olho para ele sem acreditar.
Se eu estou melhor? Olhe pra você! Está horrível. À propósito, tem alguma faca por aí?
Mostro os pulsos presos para ele. É claro que ele tem uma faca, que eu não havia achado quando fiz a revista nos bolsos dele ontem. Ele me estende e, depois de algum esforço consigo cortar a corda. Liberdade. Levanto e dou uma volta pela cabana, antes de sentar novamente no chão à frente do comandante.
Não é muito diferente estar presa aqui ou estar presa no meu quarto. Só que lá eu tinha acesso à civilização.
Olho os cortes nas pernas e nos braços dele. Em muitos o sangue já secou, mas alguns ainda insistem em sangrar. Aquele pensamento sobre esse líquido vermelho me passa pela cabeça de novo e eu ignoro completamente. Precisava fazer alguma coisa. Ah, a minha saia! Tiro uma tira de pano dela e primeiro seco todo o sangue nos braços dele que estava escorrendo.
Nem. Uma. Palavra. A gente tem que sair daqui, você é o mais preparado pra tirar a gente daqui e é o que você vai fazer. Só que não nessas condições.
Há um corte extremamente horrível ali e mantenho o pano pressionado nele por alguns minutos.
Duas coisas. Um: você tem ideia do que eles querem com a gente? e dois: qual é o plano de fuga?

SEQUESTRO- @

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O comandante toma o líquido todo de um vidrinho e me diz que acha que eles não querem nos matar. Ok, mas ele não é muito bom em convencer as pessoas. De repente, Adam chega com Dallas e uma cobra. Uma cobra?! Que criativo! Mas então ele senta no sofá com toda a calma do mundo e me dá uma ordem. Sinto vontade de dar na cara daquele idiota, mas há algo mais forte que eu. Por um momento, é como se existisse só Adam. Como se eu precisasse dele para sobreviver. Como se ele fosse meu oxigênio, e eu tinha uma necessidade de fazer com que ele se sentisse feliz. Fazer o que ele mandava.
Levanto-me imediatamente e caminho até ele. Não paro para pensar qual tipo de beijo seria o seu preferido, porque já tenho uma boa ideia. Ele é como Dallas. Comparação estranha, já que ouvi os dois se brigando ontem. Agarro-o com força e lhe dou um beijo de cinema, feroz. Pelo modo como ele retribui, parece que gostou. Isso me deixa animada, como se servi-lo fosse o que me mantinha viva, e o beijo se torna mais feroz. Quase não escuto quando chamam o meu nome. Eu não iria parar de beijá-lo, vivia para servi-lo, mas é ele que para e eu volto-me para onde me chamaram. Vejo a cobra morrendo e volto à mim mesma, como se o encanto tivesse enfraquecido. Lembro de que vivo só pra mim mesma e que ninguém vai mandar em mim assim tão abertamente e sem motivo. Dou uma cotovelada forte na cabeça de Adam, que desmaia na hora.
Vou para o lado de Katherine, para ouvir as instruções do comandante, mas ele vai para o lado de Adam e dá mais alguns socos nele. Não entendo o porque, depois ele vira e conta o plano. Entendo rapidamente e, de certa forma, gosto de ele ter dito para eu levar Katherine e não o contrário. Ele também limpa um pouco do sangue espalhado por mim e faz tipo uma atadura para os pulsos, tudo isso sem camisa. É não é nem um pouco de se jogar fora. O comandante me dá uma faca e um cartão de crédito.
Ah, que ótimo! Vamos às compras, Katherine!
Digo, com a minha voz mais enjoada, uma imitação de Lyanna e Luce, as patricinhas do camp. Coloco o cartão na bolsa e empurro a mesa até ficar bem embaixo da parte do teto de que ele estava falando. Subo na mesa e a tábua sai facilmente. Dou um impulso para cima e, apesar da dor, em segundos estou no telhado da cabana. Viro para dentro do buraco e ajudo Katherine a subir. Eu estava realmente uma pessoa maravilhosa hoje. Então coloco minha cabeça pra dentro de novo e falo com o comandante.
Ei. Se cuida. Daqui a pouco estamos aí pra te salvar.
Digo rindo e jogo um beijinho pra ele.
Então Katherine e eu deitamos no telhado, bem quietas e não-visíveis da entrada da cabana, para esperar Caroline e Dallas chegarem e depois fugir.

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